De: Portal Terra
Agência Brasil
O blogueiro Rodrigo Grassi, que se envolveu em um bate-boca com o senador Aloysio Nunes (PSDB), disse em entrevista ao Terra que a Polícia do Senado agiu criminosamente ao detê-lo e, segundo ele, tentar violar os dados de seu celular e coagi-lo a apagar a gravação feita. Ele contou ainda que publicou o vídeo no Facebook “de dentro da delegacia mesmo”.
O blogueiro, que diz sobreviver “com o último salário que recebi e da ajuda de amigos e familiares”, negou versão do senador, que disse: “quando eu estava saindo do Senado, ele voltou a me abordar e foi preso”. Ele diz ter sidor retirado “de dentro de um ônibus de linha, passando pelos empurrões e gritos do agente de camisa azul que de lá me retirou”.
Grassi abordou o senador para questioná-lo sobre a função das comissões parlamentares de inquérito e sobre a postura de seu partido, o PSDB, a respeito de investigações na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Inicialmente solícito, Aloysio Nunes se irritou com uma pergunta de Grassi sobre o suposto envolvimento dele com desvio de verbas para a construção do metrô de São Paulo. “Um jovem me abordou a pretexto de fazer uma entrevista a respeito de CPIs. Eu parei para falar com ele e, no meio da entrevista, ele me fez uma ofensa muito grave. Eu então tentei segurá-lo para chamar a segurança e ele saiu correndo. Depois, quando eu estava saindo do Senado, ele voltou a me abordar e foi preso”, contou o senador.
Rodrigo alega que apenas fez perguntas a Aloysio. O blogueiro divulgou um vídeo em sua página no Facebook com a discussão. “Eu fiz três perguntas e ele se irritou, começou a me xingar e me agredir. Como foi na saída do Senado, a Polícia veio e me prendeu. Me pegaram dentro do ônibus já, quando eu estava indo embora”, contou.
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Conhecido como Rodrigo Pilha, Grassi já foi assessor da deputada Érika Kokay (PT-DF) e foi exonerado depois de ter se envolvido em outro episódio com autoridades. Ele próprio divulgou um vídeo em que abordou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, na saída de um bar em Brasília. Na oportunidade, Rodrigo chamou o ministro de “autoritário”, “tucano” e “projeto de ditador”. Ele também gritou palavras de ordem a favor do condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão, José Dirceu.
Na época, o senador Aloysio Nunes Ferreira foi à Câmara solicitar abertura de processo disciplinar contra o assessor de Érika Kokay, mas logo depois ele foi exonerado. Hoje, o senador disse que Rodrigo usava o crachá de funcionário da Câmara para circular livremente dentro do Congresso.
CLIQUE AQUI para assistir ao vídeo onde o senador grita palavrões e agride o blogueiro ainda dentro do Senado.