O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou hoje (23) que o atual surto de varíola dos macacos é uma emergência de saúde pública de interesse internacional. “Mais de 16 mil casos já foram relatados em 75 países”, relatou Tedros.
O chefe da organização também observou que, embora o surto seja uma emergência de saúde munidal, “no momento, trata-se de um surto concentrado entre homens que fazem sexo com homens, especialmente aqueles com múltiplos parceiros sexuais”.
“Isso significa que este é um surto que pode ser interrompido com as estratégias certas nos grupos certos”, acrescentou.
Ao mesmo tempo, ele pediu aos países que trabalhem em estreita colaboração com os grupos afetados, intensificando as campanhas de conscientização e alertou contra a discriminação e o estigma.
Varíola dos macacos é uma infecção viral, normalmente encontrada em animais na África central e ocidental, embora possa causar surtos em humanos. Apesar dos casos serem ocasionalmente identificados em países onde o vírus não é endêmico, o surto mais recente não tem precedentes, segundo o The Guardian.
Até o momento, estados da Europa foram os mais atingidos, entretanto, casos também foram relatados nos EUA, Canadá, Austrália, Nigéria, Israel, Brasil e México, entre outros.
Sintomas e proteção
De acordo com o G1, os sintomas iniciais da varíola dos macacos costumam ser: febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão.
Dentro de um a três dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.
As lesões passam por cinco estágios antes de cair e a doença geralmente dura de duas a quatro semanas, segundo Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.
O uso de máscaras, o distanciamento e a higienização das mãos são formas de evitar o contágio pela varíola dos macacos.
Roberto Flávio