Polícia Federal está nas ruas em uma nova fase da Lava Jato, a primeira de 2017. Um dos alvos da Operação Eficiência, no Rio de Janeiro, é o empresário Eike Batista - policiais se dirigiram à casa do empresário, por volta de 6h, no Jardim Botânico, bairro nobre da zona sul da capital fluminense, mas não o encontraram por lá. Segundo advogado que diz representar o empresário, ele está viajando.
Eike é acusado de pagar propina para conseguir benefícios junto ao governo do Rio de Janeiro, como licenças ambientais, durante o mandato do então governador Sérgio Cabral. Ao todo, na operação desta quinta-feira, são cumpridos seis mandados de prisão, além de outras quatro ordens de condução coercitiva - quando a pessoa é levada a prestar depoimento - e 22 de busca e apreensão.
Além de Eike, também está na lista do pedido de prisão preventiva o vice-presidente de futebol do Flamengo, Flávio Godinho, apontado como braço direito do empresário. A Polícia Federal se dirigiu, ainda, à sede da empresa EBX, no Flamengo, zona sul do Rio de Janeiro.
Entre os pedidos de prisão preventiva, três já foram cumpridos anteriormente em outras fases da operação. É o caso do próprio ex-governador Sérgio Cabral, além do ex-secretário de governo dele, Wilson Carlos e ainda Carlos Miranda, apontado como operador do financeiro do esquema criminoso.
Sérgio Cabral está preso desde novembro do ano passado, suspeito de receber propina para a concessão de obras públicas. Já a Eficiência, nome dado à ação de hoje da Polícia Federal, é uma derivação da Lava Jato no Rio de Janeiro.
A PF se posicionou sobre a operação de hoje; confira:
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal, com apoio da Receita Federal, deflagram hoje (26/01) a Operação Eficiência, desdobramento da Operação Calicute deflagrada no fim de 2016. Cerca de 80 Policiais Federais cumprem 9 mandados de prisão preventiva, 4 de condução coercitiva e 22 Mandados de Busca e Apreensão no Rio de Janeiro. Os Mandados foram expedidos pela 7º Vara Federal Criminal.
A PF investiga crimes de lavagem de dinheiro consistente na ocultação no exterior de aproximadamente U$ 100.000.000,00 (cem milhões de dólares). Boa parte dos valores já foi repatriada. Também são investigados os crimes de corrupção ativa e corrupção passiva, além de organização criminosa. Grandes empresários estão entre os investigados que tiveram a prisão preventiva decretada.