Já é praticamente impossível fazer a
conta de quantos ministros, aliados e assessores de Michel Temer estão
delatados na Lava Jato, o que confirma a tese de que o impeachment foi o
golpe dos corruptos contra a presidente honesta.
A bola da vez é o chanceler Aloysio
Nunes Ferreira (PSDB-SP), delatado por ter supostamente pedido e
recebido R$ 500 mil pelo caixa dois da Odebrecht em 2010, quando se
elegeu senador, segundo informa a jornalista Bela Megale.
O delator Carlos Alberto Paschoal, superintendente da empreiteira em
São Paulo, afirmou que foi o próprio Aloysio quem pediu os recursos e
determinou o recebimento da propina em hotéis de São Paulo.
“O ex-executivo disse a procuradores da
Lava Jato que o tucano designou uma pessoa de sua confiança com quem
foram combinadas senhas e endereços de entrega dos recursos. Segundo a
prestação de contas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Aloysio Nunes
arrecadou R$ 9,2 milhões naquelas eleições. A Odebrecht não aparece
entre os doadores”, informa a jornalista.
Dias atrás, a chanceler da Venezuela,
Delcy Rodriguez, afirmou, com razão, que o Brasil se transformou em
“vergonha mundial” desde o golpe contra a democracia e a presidente
Dilma Rousseff, uma vez que todo o governo Temer está atolado em
corrupção.
Aloysio, que já havia sido delatado pela UTC por caixa dois de R$ 200 mil, chamou o novo delator de mentiroso.