sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Veja dicas para aplicar o seu 13º salário

A primeira parcela do 13º salário é paga nesta sexta-feira (30). Se, depois de reduzir ou quitar dívidas e guardar dinheiro para as despesas dos próximos meses (presentes, festas, matrícula escolar, IPVA e IPTU), ainda sobrar uma parte do 13º salário, o poupador tem várias opções de investimento.

Para aplicações de curto prazo, que podem sofrer saques num período de um ano, o conselho básico dos especialistas é aplicar na poupança.

A aplicação mais popular do país tem a vantagem de ser livre de impostos e taxas de administração, como outros produtos oferecidos por bancos.

“Dependendo da taxa de administração dos fundos de investimento, a poupança é melhor que muitos deles disponíveis nos bancos. Se não for inferior a 1% ou 1,5%, é melhor ir para a poupança mesmo”, diz o administrador de investimentos Fábio Colombo.

Produtos como CDBs ou fundos DIs, como regra geral, são mais indicados para o investidor que tiver a intenção de deixar o dinheiro guardado por mais de 12 meses, pelo menos. O mesmo vale para os títulos do programa Tesouro Direto.
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SAIA DO VERMELHO. O destino primordial do décimo-terceiro salário deve ser o pagamento de dívidas, aconselham especialistas. A dica vale principalmente para os mais endividados que estão inadimplentes. "O peso dos juros é nocivo para o orçamento doméstico", diz a planejadora financeira Maria Angela Nunes Thinkstock

Quanto maior o tempo da aplicação, mais suave vai ser a mordida do Imposto de Renda, cobrado no saque.

Outra regra também vale para CDBs e fundos: quanto mais dinheiro o investidor tiver para aplicar, melhor tende a ser o retorno oferecido.

A razão é simples: bancos cobram taxas menores para aplicações mais “caras”, isto é, que exigem um investimento inicial maior.

“O investidor pode começar aplicando na poupança, acumular uma certa quantia, e depois, se quiser, pode migrar para produtos mais competitivos”, sugere Fábio Colombo.

Também por causa do Imposto de Renda, é desaconselhável que o investidor troque de aplicações a todo momento.

“Eu vejo muito isso: o investidor tentando perseguir o ganho da aplicação que rendeu mais no mês passado. Para mim, a mudança no meio do caminho é o que de pior pode acontecer”, diz o consultor de finanças Mauro Calil.

Produtos mais arriscados, como fundos de ações, dizem os especialistas, são indicados para poupadores de olho em prazos mais longos, de preferência, acima de dois ou cinco anos.

E mesmo assim, com cautela. “Investidores muito conservadores (que não suportam variações em seus ganhos) deveriam ficar totalmente afastados [da Bolsa de Valores]. E quem possui alguma resistência, deve destinar somente 20%, ou no máximo 30%, do total de seus investimentos”, diz Fábio Colombo (teste aqui seu perfil de investidor).
Como os juros podem influenciar seu investimento?

O governo manteve a taxa básica de juros do país em 7,25% ao ano, nesta quarta-feira. Essa taxa influencia diretamente o ganho das aplicações mais procuradas pelos investidores.

Quando essa taxa sobe, os fundos DI e os CDBs pós-fixados ganham mais. Quando essa taxa cai, os fundos de renda fixa e os CDBs pré-fixados rendem melhor. Em compensação, a poupança perde, por conta das novas regras.

Não há uma opinião unânime entre os especialistas se o governo vai manter, elevar ou reduzir os juros básicos em 2013.

A intenção oficial é reduzir os juros, porque essa medida ajuda a economia a crescer --o custo do dinheiro fica mais baixo, o que estimula empresas a investir, e os consumidores, a comprar.

“Em 2013, se realmente ocorrer uma queda dos juros, não vai ser do mesmo jeito que já vimos nos anos anteriores, quando chegou a cinco pontos percentuais”, diz o assessor econômico da Fecomercio-SP, Altamiro Carvalho, refletindo uma opinião corrente entre muitos economistas.

Há preocupações com um possível aumento da inflação, principalmente no final do ano que vem. Tudo somado, significa que o governo deve ser bem mais cauteloso na hora de mexer na taxa básica.

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