Vereadora por um mandato em Carnaúba dos Dantas, em 2020, quando foi eleita a primeira trans com mandato no Rio Grande do Norte, e candidata a deputada em 2022, com mais de 45 mil votos, Thabata Pimenta tomou posse como vereadora em Natal nesta quarta-feira (01).
E levou para a Câmara, como não poderia fazer diferente, o irmão Ryan, que assumiu como filho desde a morte de sua mãe, vítima da Covid sem vacina, na véspera de sua posse em 2020.
Além do papel de mãe atípica, Thabata reforçou sua bandeira em favor das comunidades LGBTQIA+ e dos portadores de deficiência.
A vereadora é criticada por expor o irmão e por se utilizar da imagem dele para se eleger.
Discurso de quem não suporta minorias. De quem não quer aceitar a visibilidade dela na política.
Ryan não é uma pessoa qualquer. É filho irmão.
E quantos políticos que tem parentes ou com deficiência ou síndromes, que com muita justiça levantam a bandeira dos filhos ou outros parentes, são aceitos pela sociedade.
O que essa sociedade que joga isso na cara de Thabata não quer aceitar, não é Ryan. É ela própria. Mulher trans que se impõe, que se expõe, que mostra a cara e dá a cara para defender direitos que são dela, de Ryan e de uma parcela gigante da sociedade.
Acho feio o que se diz de Thabata em relação ao irmão/filho, porque mesmo de longe, e nas redes sociais onde ela tem o alcance que nenhum dos 29 vereadores tem (são quase 950 mil seguidores só no Instagram) acompanho a chegada dela à política e o desempenho em defesa das categorias que defende.
Foi como vereadora de Carnaúba dos Dantas que por várias vezes ela representou as categorias e o Rio Grande do Norte em eventos no Senado Federal e na Câmara dos Deputados, com direito a discursos, e representou o Brasil em evento no México.
Thabata integra hoje um grupo que vai além do Rio Grande do Norte. E aí defender gênero e deficiência apenas incomoda.
É isso.
FONTE: thaisagalvao.com.br
