O governo Lula articula uma reaproximação com setores da bancada evangélica, movimento que pode trazer impactos significativos na reforma ministerial prevista para 2025. Segundo informações do colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles, líderes religiosos e parlamentares desse segmento têm intensificado suas agendas no Palácio do Planalto, buscando espaços em ministérios e secretarias estratégicas.
A relação ganhou destaque em outubro, durante a cerimônia de sanção do Dia da Música Gospel. O evento foi marcado pela oração do deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) pelo presidente Lula, gesto que irritou figuras bolsonaristas como o pastor Silas Malafaia. Desde então, encontros entre líderes evangélicos e integrantes do governo têm se tornado mais frequentes.
Agora, o partido vislumbra aumentar sua influência, especialmente com o possível apoio do governo à candidatura do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) para a presidência da Câmara dos Deputados em 2025. Caso Motta seja eleito, a sigla deve pressionar por mais espaço no governo em troca de apoio à reeleição de Lula em 2026.
O ministro Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais, tem desempenhado papel central nas articulações com os parlamentares evangélicos. Essa interlocução é vista como estratégica para ampliar a base de apoio do governo no Congresso.
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