quarta-feira, 27 de julho de 2016

Pesquisa confirma que brasileiros apontam novas eleições como a melhor opção

O que é melhor para o Brasil: a volta de Dilma Rousseff ou a permanência de Michel Temer? Para 52% dos brasileiros, nenhuma das duas opções: o melhor mesmo é que sejam convocadas novas eleições para outubro, mesmo mês em que ocorrem as disputas municipais. Os dados são de uma pesquisa realizada nos primeiros 12 dias deste mês pelo instituto Ipsos e vai na mesma linha do que têm apontado pesquisas recentes, como o polêmico Datafolha da semana passada, em que 62% dos entrevistados disseram preferir escolher novamente o chefe da República – dado inicialmente omitido pela Folha de S.Paulo e pelo instituto.
A tese de novas eleições, ainda que difícil de ser aceita, é a que está sendo costurada pelos apoiadores da presidenta afastada no Congresso. Os senadores aceitariam votar pela permanência dela e, em troca, ela convocaria um plebiscito, já em outubro, para que a população decida se quer ou não novas eleições. Se aceitas, elas seriam realizadas em 2017. Dados que apontam a preferência nesta direção podem ajudar a convencer os parlamentares indecisos, que não estão satisfeitos com o Governo Temer, mas também não querem Rousseff de volta.
A pesquisa Ipsos, feita com 1.200 pessoas em 72 municípios do país, ofereceu quatro opções de resposta para seus entrevistados para a pergunta “O que é melhor para o Brasil?”: Que Temer fique; Temer convoque novas eleições; Dilma volte e fique até 2018; Dilma retome o poder e convoque novas eleições. Para 38% das pessoas entrevistadas, o melhor é que o presidente interino convoque novo pleito para outubro agora. Outros 14% preferem que Rousseff volte e convoque novas eleições. Entre a presidenta afastada e o presidente interino, entretanto, a preferência parece ser por ela. Para 20%, o melhor para o Brasil é que Rousseff volte e cumpra seu mandato. Para 16%, a melhor opção é que Temer permaneça até o final do mandato – 12% não souberam ou não responderam. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

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