Ao descumprir regras de Moraes, Bolsonaro testa as consequências.
A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro foi, em certa medida, provocada por ele mesmo — uma estratégia para testar os limites em três frentes: o apoio popular, a reação internacional (especialmente de Donald Trump) e a resposta do Congresso Nacional.
Bolsonaro tinha consciência de que seria preso ao desobedecer as medidas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes. Ao que tudo indica, ele está apenas antecipando o que já considera inevitável: sua condenação.
Sem confiar mais na imparcialidade do STF, o ex-presidente age calculadamente para medir os efeitos de sua prisão, tanto no cenário interno quanto externo.
Seus objetivos parecem ser:
Testar o apoio popular: Sentir se a maioria da população se solidariza com sua prisão e se haverá manifestações significativas em sua defesa.
Observar a reação internacional: Especialmente de Donald Trump, a quem considera um aliado estratégico nessa guerra política.
Forçar uma resposta do Congresso Nacional: Ver se os parlamentares teriam coragem de tomar duas atitudes: votar a anistia dos manifestantes do 8 de janeiro e abrir um processo de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes.
Tudo isso faz parte do jogo político que está só começando!
Por Daniel Bezerra
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