A redução da vantagem de Lula nas últimas pesquisas eleitorais em relação a Jair Bolsonaro acendeu o sinal de alerta entre os aliados do ex-presidente e na executiva nacional do PT e esfriou o ânimo daqueles que imaginavam que a disputa poderia acabar já no primeiro turno.
Na visão dos aliados de Lula, o ex-presidente “cresceu rápido demais” nas pesquisas, o que fez com que o petista passasse a ser o alvo preferencial de seus principais adversários na disputa pela Presidência da República.
Como mostramos ainda em janeiro, a velha guarda do partido já alertava para esse fato e tentava conter o clima de “já ganhou” dentro do partido.
Além disso, O Antagonista apurou que o próprio PT admite que o ex-presidente cometeu alguns deslizes nos últimos dois meses como o fato de ter escancarado sua intenção de revogar a reforma trabalhista; outro fator apontado como nefrálgico pelos petistas é a resistência de setores do partido em relação ao ex-tucano Geraldo Alckimin como vice, fato que pode ressuscitar o movimento antipetista junto ao eleitorado de centro.
Além disso, no próprio PT, alguns integrantes do partido afirmam que os ataques diários de Bolsonaro a Lula também podem ter surtido efeito. Desde o início do ano, integrantes do partido dizem que a pedra no sapato de Lula é justamente o antipetismo.
O Antagonista