Nesta segunda-feira (28), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU) anunciou que após três anos o Brasil deixou o Mapa da Fome.
O resultado reflete a média trienal 2022/2023/2024, que colocou o país abaixo do patamar de 2,5% da população em risco de subnutrição ou de falta de acesso à alimentação suficiente.
Desde o triênio de 2019 a 2021, o Brasil voltou a figurar o Mapa da Fome, após ter saído pela primeira vez dessa estatística em 2014.
Tirar o Brasil do Mapa da Fome havia sido uma das promessas de campanha para o governo Lula, que comemorou a conquista.
“Minhas amigas e meus amigos. É com grande orgulho e imensa alegria que informo: O Brasil está fora do Mapa da Fome, mais uma vez. Uma conquista histórica que mostra que com políticas públicas sérias e compromisso com o povo, é possível combater a fome e construir um país mais justo e solidário”, afirmou o presidente Lula nas redes sociais.
Em nota, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome disse que saída do Brasil do Mapa da Fome é resultado de decisões políticas do governo brasileiro que priorizaram a redução da pobreza, o estímulo à geração de emprego e renda, o apoio à agricultura familiar, o fortalecimento da alimentação escolar e o acesso à alimentação saudável.
Mapa da Fome
Servindo como um indicador global da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, o Mapa da Fome identifica países onde mais de 2,5% da população sofre insegurança alimentar crônica.
Figurar nesse mapa, significa que uma parcela significativa da população não tem acesso regular a alimentos suficientes para uma vida saudável.
Os indicadores usados para monitorar a situação alimentar de um país foram determinados pela Agenda 2030 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), tendo o indicador Prevalência de Subnutrição sendo calculado a partir de três variáveis:
Quantidade de alimentos disponíveis no país, considerando produção interna, importação e exportação;
O consumo de alimentos pela população, considerando as diferenças de capacidade de aquisição (a renda);
E a quantidade adequada de calorias/dia, definida para um “indivíduo médio” representativo da população.
Tendo estimada a quantidade total de alimentos disponíveis no país, é calculado então como ela se distribuiria entre a população.
Blog do Silvério Filho