Havia expectativa da cúpula da oposição potiguar, em relação à presença do deputado Ezequiel Ferreira, no evento de lançamento da candidatura de Fábio Dantas para governador e Rogério Marinho para senador.
A expectativa não se concretizou. A realidade se abateu sobre Fábio Dantas, que aguardou Ezequiel como se espera uma noiva no altar. Frustração geral.
Ezequiel não foi ao evento e nem permitiu que o PSDB fosse citado como partido aliado da chapa de oposição. Alguns parlamentares do partido foram, mas nada oficial como legenda.
Há ainda quem aposte que o presidente da Assembleia irá apoiar a chapa de oposição e emprestará o tempo de rádio e TV do PSDB para engordar o programa de Fábio Dantas.
É melhor armar uma rede na varanda e esperar relaxando, entre cochilos de sonho e pesadelo. Ezequiel não vai subir no palanque da oposição. E talvez também não suba no palanque do governo.
Afinal, ele comanda o partido mais forte do Estado atualmente, integrado por duas bandas distintas, numa saborosa torta agridoce, que agrada aos dois paladares sem que haja disputa sobre qual parte é mais gostosa.
Se Ezequiel quisesse o sucesso da oposição, ele mesmo seria o candidato a governador. Quando refluiu da decisão, depois de muita articulação, é porque não quer correr riscos ou entrar em bola dividida.
Como bom jogador profissional, ele faz gol de mão, no estilo Maradona, sem ‘var’ para conferir e com um ‘juiz amigo’ para validar o tento. Depois, ‘cava’ um pênalti para o outro lado. E todos ficam felizes.
Rogério Marinho já conquistou o apoio de Ezequiel. Fábio Dantas que lute!
Túlio Lemos
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