
O governo do Rio Grande do
Norte gasta menos com saúde do que com diárias e publicidade. É o que
informa o “Diário de Natal”, acrescentando que as contas da governadora
Rosalba Ciarlini foram aprovadas com ressalvas pelo Tribunal de Contas
do Estado (TCE).
O RN é o único Estado do país governado pelo DEM
cujo presidente é o senador Agripino Maia, versão moderna dos antigos
coronéis (ele veste Prada). Agripino tem um filho, Felipe, que é
deputado federal. A família Maia divide com os Alves o poder ali há 40
anos.
O que isso significa? Atraso. Segue a notícia na íntegra:
Sérgio
Henrique Santos, para o Diário de Natal
O Governo do Rio
Grande do Norte gasta menos com saúde do que com diárias e publicidade.
Por causa desse e de outros fatores, as contas do exercício financeiro
de 2011 da gestão Rosalba Ciarlini (DEM) foram aprovadas com ressalvas
pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
A Corte analisou as
receitas, despesas e prestação de contas do Governo do Estado em uma
sessão extraordinária que aconteceu nesta segunda-feira, 13. Por
unanimidade, os conselheiros do TCE seguiram o voto do relator do
processo, Paulo Roberto Chaves Alves, que apontou ressalvas às contas
públicas no alto valor da Dívida Ativa do Estado, na falta de
investimentos em saúde e na inclusão de gastos com inativos nas despesas
de insumos na pasta da educação.
O relatório segue para aprovação
na Assembleia Legislativa, que deve julgar se as contas podem ser
aprovadas ou não. Do montante de R$ 9.498.381.000,00 da receita prevista
na Lei Orçamentária Anual, foram arrecadados R$ 7.778.420.362,47,
correspondentes ao percentual de 81,89%. Isso ocorreu especialmente “em
função do baixo nível de eficiência da previsão de receitas correntes,
como a patrimonial, a agropecuária, a industrial e a de serviços, e da
superestimação das receitas de capital”, disse o relator. O governo
gastou apenas 3,70% do orçamento com investimentos.
Paulo Roberto
também apontou o baixo nível de investimentos realizados na área da
saúde pública, com aplicação de recursos da ordem de R$ 11.076.834,92,
valor inferior àquele aplicado no exercício financeiro de 2010 (R$
17.386.528,39), configurando um decréscimo de 36,29%. O relatório
apontou ainda que o valor gasto com saúde é menor do que despesas menos
prioritárias, como diárias (R$ 23.678.716,14) e publicidade
governamental (R$ 16.851.590,51).