segunda-feira, 20 de agosto de 2012

GOVERNO DO DEM GASTA MAIS EM PUBLICIDADE DO QUE COM SAÚDE






O governo do Rio Grande do Norte gasta menos com saúde do que com diárias e publicidade. É o que informa o “Diário de Natal”, acrescentando que as contas da governadora Rosalba Ciarlini foram aprovadas com ressalvas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
O RN é o único Estado do país governado pelo DEM cujo presidente é o senador Agripino Maia, versão moderna dos antigos coronéis (ele veste Prada). Agripino tem um filho, Felipe, que é deputado federal. A família Maia divide com os Alves o poder ali há 40 anos.
O que isso significa? Atraso. Segue a notícia na íntegra:
Sérgio Henrique Santos, para o Diário de Natal
O Governo do Rio Grande do Norte gasta menos com saúde do que com diárias e publicidade. Por causa desse e de outros fatores, as contas do exercício financeiro de 2011 da gestão Rosalba Ciarlini (DEM) foram aprovadas com ressalvas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
A Corte analisou as receitas, despesas e prestação de contas do Governo do Estado em uma sessão extraordinária que aconteceu nesta segunda-feira, 13. Por unanimidade, os conselheiros do TCE seguiram o voto do relator do processo, Paulo Roberto Chaves Alves, que apontou ressalvas às contas públicas no alto valor da Dívida Ativa do Estado, na falta de investimentos em saúde e na inclusão de gastos com inativos nas despesas de insumos na pasta da educação.
O relatório segue para aprovação na Assembleia Legislativa, que deve julgar se as contas podem ser aprovadas ou não. Do montante de R$ 9.498.381.000,00 da receita prevista na Lei Orçamentária Anual, foram arrecadados R$ 7.778.420.362,47, correspondentes ao percentual de 81,89%. Isso ocorreu especialmente “em função do baixo nível de eficiência da previsão de receitas correntes, como a patrimonial, a agropecuária, a industrial e a de serviços, e da superestimação das receitas de capital”, disse o relator. O governo gastou apenas 3,70% do orçamento com investimentos.
Paulo Roberto também apontou o baixo nível de investimentos realizados na área da saúde pública, com aplicação de recursos da ordem de R$ 11.076.834,92, valor inferior àquele aplicado no exercício financeiro de 2010 (R$ 17.386.528,39), configurando um decréscimo de 36,29%. O relatório apontou ainda que o valor gasto com saúde é menor do que despesas menos prioritárias, como diárias (R$ 23.678.716,14) e publicidade governamental (R$ 16.851.590,51).

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