segunda-feira, 29 de maio de 2017

"Bandido bom é bandido engravatado". Diz Jean Wyllys

Complementando o ciclo de reflexões acerca da sexualidade e da questão de gênero, o MASP promoveu uma série de debates com pesquisadores e personalidades do debate público abertos nessa sexta-feira (26). Com figuras internacionais e nacionais, o último e mais aguardado ato do dia sobre homofobia teve como convidado o deputado Jean Wyllys . Partindo de uma reflexão histórica ácida sobre religião, logo seu discurso ganhou tom político e o parlamentar criticou abertamente agentes do jogo do poder nacional.

Corpos, desejo e prostituição

Pesquisadores de diferentes campos ligados à cultura foram recrutados pelo MASP para abordar temas polêmicos que revolvem ao redor da sexualidade. Ivo Mesquita abriu o seminário do museu falando sobre como as artes revelam discretamente os anseios e desejos sexuais das pessoas, enquanto que o curador Xabier Arakistain exaltou as políticas de igualdade de gênero nas instituições de arte espanholas.
Entrando no universo da identidade de gênero e do queer, Francesco Ventrella da Universidade de Sussex retomou os caminhos históricos dessa performance através da análise de figuras femininas importantes como Vernon Lee. Em uma comparação ousada e controversa, Julia Bryan-Wilson fez paralelos entre artistas e prostitutas. Por último, Richard Miskolci estuda a homossexualidade masculina e sua relação com aplicativos de relacionamento.

Homofobia e política

“A homofobia é um problema de todos nós!”, bradou o Jean Wyllys durante sua conferência. Com um discurso marcante e carregado de menções à sua visão como peça chave no debate púbico, o parlamentar foi firme em suas críticas sociais e ao modelo atual da política que está em decadência. Seguindo uma lógica que afronta diretamente pilares das religiões dominantes, Willys afirma que foram elas as grandes responsáveis pelo estigma acerca dos homossexuais.

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