terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Por 2014, Dilma deve rever cargos, diz líder do PMDB


 O líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), acha que a presidente Dilma Rousseff deve recompor "seu governo em função do processo eleitoral, de quem vai estar ou não a apoiando".
Em entrevista ontem ao "Poder e Política", projeto da Folha e do UOL, o novo líder peemedebista disse que agora é o momento de o Planalto repactuar o apoio de seus aliados para garantir sucesso em 2014. Essa operação se daria numa eventual reforma ministerial -negada pelo Palácio do Planalto.
"Nós já viramos o relógio de mais da metade do mandato [da presidente Dilma Rousseff, iniciado em janeiro de 2011]. Nós estamos aí a 16 meses para começar a campanha eleitoral propriamente dita", disse o peemedebista.
Cunha, 54 anos, está em seu terceiro mandato e é um dos deputados mais poderosos do PMDB. Além da liderança da legenda, é tido como exímio operador político. Começou sua carreira nos anos 1990 no antigo PPB (hoje PP), sigla de Francisco Dornelles e de Paulo Maluf.
Embora sugira a Dilma a recomposição dos cargos entregues aos partidos, Cunha acha que que o PMDB não deve falar nada. "Quando ela [Dilma] chamá-lo [o PMDB] para conversar sobre esse movimento, certamente o PMDB vai conversar. E aí vai ser o momento desse debate".
A lógica de Cunha é simples. Passados dois anos de mandato, Dilma precisa reacomodar as forças que dão apoio ao Planalto. Alguns grupos ficaram mais fortes. Outros se enfraqueceram. O PMDB, por exemplo, tem cinco ministros, mas dois deles são ligados à seção maranhense do partido -sob a liderança de José Sarney, que acaba de deixar a presidência do Senado e entrou em fase crepuscular na estrutura de poder da sigla.

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