quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

TUCANADA BOA DE BICO: Até o sobrinho do governador tucano está metendo a mão no cofre público de São Paulo


Depoimento liga sobrinho de Geraldo Alckimin a empresa

Silvio Serrano, ex-secretário de Finanças de Pindamonhangaba, disse ao Ministério Público que um filho do lobista Paulo César Ribeiro, cunhado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), “fazia transporte de gêneros alimentícios para a Verdurama”. A empresa é alvo de investigação por suspeita de fraudes em licitações e pagamento de propinas a prefeitos de São Paulo e mais três Estados.

Ribeiro, irmão de Lu Alckmin, é acusado de comandar o esquema na região do Vale do Paraíba, no qual empresários faziam doações a campanhas de prefeitos em troca de contratos para fornecimento de merenda escolar. Ele é investigado pelo MP em inquérito que corre sob segredo de Justiça. Seu nome consta de arquivos digitais que indicam existência de suposta planilha de propina mensal a políticos.

Serrano fez a revelação sobre o vínculo de um filho de Paulão, como Ribeiro é conhecido em Pindamonhangaba, com a Verdurama em relato ao promotor de Justiça Leonardo Rezek Pereira. O depoimento ocorreu em 26 de novembro, quando Serrano já havia sido demitido da secretaria de finanças após a denúncia vir à tona.

Ele negou “o recebimento de qualquer valor ilegal”. Disse que conheceu Paulão durante o “período de transição da administração municipal”, embora o lobista não fizesse parte da equipe. Segundo o ex-secretário, Paulão frequentava a casa do prefeito João Ribeiro (PPS), mas Serrano não soube dizer por qual motivo.

O ex-secretário admitiu “relação de amizade” com Paulão, “interrompida a pedido do atual prefeito em razão das afirmações que foram feitas por João Bosco Nogueira, então vice prefeito”. Indagado pelo promotor sobre o trânsito de Paulão em sua secretaria, Serrano negou que o lobista tenha participado de alguma reunião dos secretários.

No depoimento, Serrano disse ainda que Paulão “tem muitos imóveis”, estava com “impostos atrasados” e “queria providenciar o parcelamento do débito”. O ex-secretário acreditava “ser este o motivo pelo qual ele frequentava a Secretaria de Finanças”.Informações do JT

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