terça-feira, 7 de novembro de 2017

DEPOIMENTO: "O choro de Henrique Alves"...

Em depoimento na Justiça Federal, o ex-ministro e ex-presidente da Câmara Henrique Alves insistiu na versão de que desconhecia os US$ 833 mil depositados em sua conta na Suíça. Apesar de ter mandado abrir essa conta, ele disse que nunca a movimentou e pensou que ela estava inativa. Após surgirem notícias na imprensa de que movimentou dinheiro, Alves afirmou ter contratado um advogado na Suíça para averiguar o caso e, aí sim, descobriu que terceiros estavam movimentando essa conta. Mas tudo isso sem seu conhecimento. Em alguns pontos do depoimento, ele se emocionou e chorou.
— Foi aí que descobrimos um depósito em um ano, em outro ano. Completamente à minha revelia — disse Alves.
Em janeiro deste ano, em defesa apresentada à 10ª Vara Federal de Brasília, ele já tinha sustentado essa versão. Nesse documento, ele reconheceu que usou um escritório de advocacia uruguaio para abrir a conta na Suíça em 2008. Admitiu também que é formalmente o beneficiário da conta. Mas, argumentou que, por motivos burocráticos, não conseguiu movimentá-la e preferiu deixá-la inativa. Assim, alegou que os US$ 832.975,98 depositados na conta — e que segundo a Procuradoria Geral da República (PGR) era dinheiro de propina — foram movimentados por terceiros, sem seu conhecimento.


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