sábado, 22 de junho de 2019

ARTIGO: "O rei nu, no tecido inexistente de um governo sem costura."


"Virtude, ele as tem? Sim. São virtudes dele que, mesmo involuntariamente expostas, levam à compreensão dessa figura tosca que é legitimamente presidente de uma república burlesca.
Ele não controla a língua. E se revela. Nem sabe usar a língua e se enrola.
Essa condição em vez de ser negativa é positivamente benéfica, pois expõe o rei nu no tecido inexistente de um governo sem costura. O gaiato é ver pessoas inteligentes tentando remendar os rasgões na estopa dessa tecedura. E essa tentativa expõe inteligentes à fronteira da bobagem, quando não do fanatismo.
Até agora, o “governo” sobrevive apenas da comparação com o passado. Só. Não fez absolutamente nada que o diferencie do mesmo passado que critica. Além de nada fazer pra mudar o azimute da economia, envolve-se em trampolinagens semelhantes ao passado.
Cadê Fabrício Queiroz? É coisa pequena, mas o grande cresce na maturidade do pequeno. E essas negociações processuais do ex-juiz?
Voltemos a Bolsonaro. Todo dia, uma pérola da sua estultice. Nomeações com critérios por ele mesmo questionados. Demissões por ele mesmo informando inimizades internas.
Um governo cujo afeto da cozinha espia com desconfiança os amigos de sala de estar.
Essa é a virtude involuntária de Bolsonaro.
Aplaudamos."
Por François Silvestre
Blog do Carlos Santos


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