sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

LULA NO ANIVERSÁRIO DO PT: "Nosso legado é muito mais importante do que qualquer erro que a gente possa ter cometido”,

 


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da cerimônia de aniversário de 42 anos do PT, na noite desta quinta-feira, 10. A cerimônia foi híbrida, com participação de convidados e dirigentes por vídeo.

Lula afirmou que o PT nem sempre conseguiu ser razoável, mas defendeu que o partido sempre fez a coisa certa. Em um longo discurso  Lula exaltou conquistas do próprio governo, disse que a ex-presidente Dilma Rousseff foi “injustiçada pela elite que escolheu criminalizar o PT” .

“Nem sempre conseguimos fazer tudo o que queríamos, mas certamente o nosso legado é muito mais importante do que qualquer erro que a gente possa ter cometido”, disse Lula. O ex-presidente, no entanto, não citou escândalos que envolveram o partido nas últimas décadas, como o mensalão e a Lava Jato.

Ainda no início do seu discurso, Lula fez uma defesa enfática da ex-presidente Dilma Rousseff. A petista é uma espécie de “pedra no sapato” do PT porque seu governo é sempre lembrado pelos eleitores pelos problemas econômicos que teve e isso será amplamente explorado por adversários na campanha eleitoral deste ano. Lula é pré-candidato à Presidência da República. Ele quer voltar para um 3º mandato.

“Dilma pode ter todos os defeitos que todos nós, seres humanos, temos. […] Agora, poucas vezes nesse país teve uma mulher de capacidade moral, ética e competência técnica da Dilma. E a Dilma é uma das grandes injustiçadas que a elite brasileira resolveu escolher, com todas as críticas possíveis, para criminalizar o PT”, disse.

Lula eximiu a ex-presidente pelos erros que levaram a crises político-econômicas no seu governo e atribuiu os problemas a “irresponsáveis”“Os irresponsáveis que quebraram esse país, tentam jogar nas costas dela e do PT, a quebradeira do Brasil”, disse.

Os resultados considerados desastrosos da política econômica do governo Dilma estão servindo de munição para adversários de Lula na corrida presidencial deste ano.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) que tentará a reeleição, por exemplo, disse ter encomendado aos seus ministros e secretários um levantamento sobre o “que aconteceu no Brasil entre 2003 e 2016” para “toda semana mostrar uma coisa”.

Os fracassos econômicos e a perda de interlocução com o Congresso Nacional, levaram ao impeachment de Dilma em 2016. Seu então vice-presidente, Michel Temer (MDB), assumiu o comando do país em seu lugar.

No discurso desta 5ª feira, Lula admitiu que há divergências internas no partido sobre o governo dilmista e que há críticas a ex-presidente, mas ressaltou que não se pode admitir que “nenhum inimigo” faça tais críticas a ela.

No governo Dilma, o Executivo tentava controlar a economia por meio de preços administrados e diversas políticas consideradas intervencionistas por investidores, como a desoneração da folha de pagamentos para apenas alguns setores da economia.

No 1º ano de seu 2º mandato, a economia encolheu 3,8% em relação ao ano anterior. Até agosto de 2016, quando ela deixou definitivamente o cargo, o país se arrastava com outra retração econômica de 4,4%. As taxas de juros na gestão dilmista chegaram a 14,25% ao ano.

No 2º mandato da petista, a inflação chegou a 10,67% em 2o15 e, quando teve que deixar o governo, a taxa de desemprego superou os 10%.

Para Lula, no entanto, os governos petistas obtiveram muitos acertos, como a saída do Brasil do mapa da fome e a criação de políticas sociais, como o Bolsa Família.

Com informações do Poder 360




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