A recente decisão do presidente Lula de vetar o projeto de lei complementar que autorizava o aumento no número de deputados federais e estaduais repercutiu fortemente no cenário político potiguar.
No Rio Grande do Norte, onde já se articulavam bastidores para possíveis novos nomes na disputa por uma cadeira na Assembleia Legislativa, o veto caiu como um balde de água fria.
O projeto, aprovado no Congresso, previa a redistribuição das vagas na Câmara dos Deputados com base nos dados mais recentes do Censo do IBGE. Com isso, alguns estados, como o RN, teriam direito a mais uma vaga federal, o que também impactaria no aumento proporcional de deputados estaduais.
A expectativa do acréscimo de uma nova cadeira animava partidos e lideranças locais, especialmente entre os que hoje ocupam suplências ou cargos em prefeituras e câmaras municipais. Muitos viam na ampliação a oportunidade de disputar com chances reais uma vaga no Legislativo em 2026. Com o veto presidencial, porém, esse cenário muda.
Pesquisa recente mostrou que 85% dos brasileiros são contra o aumento de deputados, fator decisivo para o veto do presidente Lula.
Analistas políticos avaliam que, além de frustrar articulações em andamento, o veto poderá adiar ou até mesmo abortar algumas pré-candidaturas que já vinham sendo discutidas em eventos partidários e encontros regionais.
Por ora, o clima é de cautela entre os postulantes e seus grupos de apoio. A possibilidade de derrubada do veto pelo Congresso ainda existe, mas, enquanto isso, o tabuleiro eleitoral no Rio Grande do Norte dá sinais de que precisará ser reorganizado.
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