A Comissão de Direitos Humanos do Senado vai realizar audiência pública para tratar do confronto entre policiais e servidores públicos do Paraná, que aconteceu na última quarta-feira. O requerimento para a reunião foi apresentado pelo senador Paulo Paim (PT-RS) e assinado também pela senadora Fátima Bezerra (PT-RN). Fátima, que é vice-presidente da Comissão de Educação do Senado e coordenadora do Núcleo de Educação do PT no Congresso Nacional, manifestou seu repúdio ao confronto ocorrido nesta quarta-feira (29) entre a Polícia Militar e professores do estado do Paraná, quando mais de 200 manifestantes saíram feridos. “O que aconteceu foi um verdadeiro massacre, um atentado ao Estado de Democrático de Direitos e à liberdade de manifestação que não podem ficar impunes”, destacou a parlamentar.
O Núcleo de Educação do PT lançou nota solidarizando-se com os professores e pedindo que sejam apuradas as responsabilidades pelos excessos cometidos pelos policiais. Os parlamentares prometem ficar atentos para garantir que os atos violentos não fiquem impunes.
Na quarta-feira (29), cerca de 20 mil professores e outros servidores públicos protestavam contra o PL 252, de 2015, em tramitação na Assembleia Legislativa do Paraná, quando foram violentamente reprimidos pela polícia do governador Carlos Richa, do PSDB. A proposta altera o Plano de Custeio e Financiamento do Regime Próprio da Previdência Social no Paraná. Segundo os manifestantes, mais de 33 mil beneficiários com 73 anos ou mais seriam transferidos do fundo financeiro, que é arcado pelo tesouro estadual, para o fundo previdenciário, constituído a partir de contribuições dos servidores e do poder público, causando grande prejuízo às aposentadorias.
A Audiência na CDH acontece na próxima quarta-feira (6). Serão convidados para o debate o governador do Paraná, Carlos Alberto Richa; o ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Pepe Vargas; o secretário de Segurança do estado, Francisco Francischini; o chefe da Casa Militar do Paraná, coronel Adilson Casitas; o presidente do Conselho Federal da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coelho; o presidente do Sindicatos dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná, Hermes Leão; e o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaje), Celso Schröder, além de um representante da Anistia Internacional.