terça-feira, 3 de junho de 2014

MINEIRO: “Agripino sempre abandona os seus aliados: primeiro foi Micarla e, agora, Rosalba”

A cassação da candidatura à reeleição da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), pelo próprio partido da governadora, é vista como mais um capítulo da novela do acordão, segundo a opinião do deputado estadual Fernando Mineiro (PT). Ele classificou a posição do DEM, contrária à candidatura de Rosalba, de fazer parte do estilo do presidente estadual e nacional do DEM, o ex-governador e atual senador da República, José Agripino Maia.
Segundo Mineiro, o DEM abandona sua criação, a governadora Rosalba, da mesma forma como abandonou a ex-prefeita de Natal Micarla de Sousa. O petista afirma que o objetivo do DEM é participar do palanque do pré-candidato do PMDB a governador, deputado federal e atual presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves.
“Primeiro faz parte do estilo agripinista. Abandonar os seus aliados. Fez isso com Micarla, fez isso com Rosalba. Mas é uma questão interna do DEM. Eles é que sabem. O que está claro é que, desde o início, o DEM vai para o palanque da acomodação e da conveniência. Do blocão, do acordão. Esse é o movimento que estão fazendo”, disse Mineiro, ao avaliar o resultado da reunião do DEM nesta segunda.
Por 55 votos a 10 – com duas abstenções e uma ausência -, venceu no diretório do DEM a proposta de priorizar as candidaturas proporcionais (deputados estaduais e federais) em detrimento das majoritárias (governador e senador). A consulta serviu de base ao DEM, para que o partido dê encaminhamento na convenção, no dia 15 de junho.
Ainda segundo Fernando Mineiro, com a posição, o único governador do DEM no Brasil está sendo impedido de ser candidato. “É como se dissesse para a sociedade que o DEM não tem nada a ver com isso (governo). A sociedade sabe que o DEM participou do governo, dos cargos, e a sociedade vai julgar esse tipo de política”, declarou o petista.
Conforme Mineiro, a retirada da candidatura de Rosalba parece algo planejado pelo próprio partido, que estaria combinado. “No dia do rompimento do PMDB com Rosalba, a página 3 do jornal dos Alves trazia matéria do rompimento, já a página 4 dizia que a relação de Agripino com Henrique estava muito bem. Já estava combinado”, declarou.
Por isso, o petista conclui que a cassação da candidatura à reeleição de Rosalba – ou, como ele prefere: o impeachment eleitoral dela – seria “mais um ato da novela do acordão”, disse. “O ato final vai ser a derrota”. “Fizeram o impeachment eleitoral da Rosalba e espero que a Assembleia faça impeachment político e administrativo”, concluiu.
Jornal de Hoje

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