O último debate da campanha entre os candidatos, realizado pela TV
Cabugi, era aguardado como última possibilidade de reversão do quadro ou
de consolidação da superioridade numérica de Robinson diante de
Henrique. Já disse antes aqui que qualquer candidato entrar e sair
inteiro do debate, sem desmoralização ou grave deslize, já é uma
vitória.
O debate foi curto, dividido apenas em dois blocos de confronto
direto e um de considerações finais. Robinson atacou primeiro e ‘ganhou’
o primeiro bloco, deixando Henrique acuado e na defensiva. No segundo
bloco, Henrique se recuperou e equilibrou o confronto. No terceiro,
apenas pedido de voto dos dois.
Todo mundo sabe da superioridade retórica de Henrique Alves,
aperfeiçoada ao longo de quase 50 anos. A autoconfiança talvez tenha
provocado a baixa da guarda, o que permitiu que o adversário o atingisse
sem chance de recuperação.
A rejeição a Henrique é seu maior problema. Porém, nem todo mundo que
rejeita Henrique, vota em Robinson de forma automática. Com a
polarização da disputa, o eleitor que rejeita o marido de Laurita, quer
derrotá-lo mas precisava de pelo menos um motivo que justificasse o voto
em Robinson. O debate forneceu esse motivo.
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