domingo, 14 de abril de 2019

Procurador da Lava-Jato foge de audiência pública sobre fundos privados entre procuradores e Petrobrás

O procurador da Força-Tarefa da Lava Jato Deltan Dallagnol fugiu de audiência pública realizada na última quinta-feira (11) pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (Cetasp) para tratar de dois misteriosos fundos privados – num total de R$ 9,3 bilhões – oriundos de acordos firmados entre os procuradores de Curitiba, a Petrobras, a Odebrecht e o governo dos Estados Unidos. Convidado, não compareceu, não deu satisfações e sua cadeira ficou vazia.

O acordo foi suspenso por liminar do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O acordo entre a Lava Jato, Petrobras e Departamento de Justiça dos EUA resultou em R$ 2,5 bilhões da estatal para um fundo privado. O outro, firmado em 2016, sob a batuta do então juiz Sérgio Moro, resultou em outro fundo privado de R$ 6,8 bilhões, oriundos dos cofres da empreiteira Odebrecht, em tratativas entre a Lava Jato e o governo dos EUA.

 “Dallagnol e Moro usaram a Petrobras como laranja de seu projeto político e ideológico”, denunciou o deputado Ricardo Correia (PT/MG), autor do requerimento da audiência pública. O deputado qualificou como extremamente grave o caso e disse que, se já estivesse em andamento uma investigação, Dallagnol estaria na cadeia pelo crime cometido.


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