O grupo de senadores que encampa a proposta de emenda à
Constituição (PEC) que propõe novas eleições presidenciais este ano,
para um mandato tampão de dois anos, vai levar amanhã (28) uma carta à
presidenta Dilma Rousseff pedindo que ela apoie a ideia. A PEC propõe a
eleição de presidente e vice-presidente em outubro deste ano, junto com
as eleiçoes municipais. A posse presidencial seria em janeiro do ano que
vem e o mandato terminaria no fim de 2018.
Os senadores apelam para a “grandeza e coragem” das lideranças
políticas e argumentam que a legitimidade social e política do governo
de Dilma não será resolvida com o impeachment. Nesse sentido, eles
alegam que a proposta de novas eleições pode ser “redentora” e ter o
condão de “unificar” o país.
Eles pedem que Dilma apoie a PEC, já em tramitação, ou remeta uma
nova proposta, de autoria do Poder Executivo, para garantir que o futuro
governo seja eleito pelo voto popular. “Nós aceitamos qualquer um dos
caminhos que resultem em novas eleições. Seja pelo julgamento rápido do
TSE, mas isso não depende da vontade das lideranças políticas, seja a
presidente da República encaminhando uma proposta de plebiscito, ou seja
em conquência da aprovação da PEC. O que nós queremos é que essa
questão seja resolvida através do voto popular”, disse o senador
Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Assinam a carta cinco dos seis senadores que apresentaram a PEC: João
Capiberibe (PSB-AP), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Lídice da Mata
(PSB-BA), Cristovam Buarque (PPS-DF) e Paulo Paim (PT-RS).
O único que não assina o documento é o senador Walter Pinheiro (Sem
Partido-BA). Embora ele seja signatário da PEC, Pinheiro optou por não
compartilhar da carta que pede o apoio da presidenta por achar que uma
eventual iniciativa dela nesse sentido deveria ocorrer de maneira
espontânea.
Fonte: Agência Brasil
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