terça-feira, 10 de outubro de 2023

QUEM DIRIA? : "Agripino tenta renascimento político colando no Governo Lula"


Prefeito biônico de Natal forjado no crepúsculo da ditadura militar, governador eleito em 1982 beneficiado pelo famigerado voto vinculado, num dos últimos suspiros do regime autoritário, o ex-senador José Agripino Maia, está desde 1º de fevereiro de 2019 sem mandato e após um longo período de ostracismo político tenta ganhar fôlego reforçado pelo poder de presidir o caixa do fundo partidário do União Brasil, partido criado da fusão entre DEM e o PSL, legenda turbinada pelo bolsonarismo em 2018.

Após se destacar como líder do antipetismo no Senado durante os governos Lula e Dilma Rousseff, Agripino sofreu a mais dolorosa derrota de sua carreira política ao não conseguir se eleger deputado federal em 2018. Em 2020 sequer conseguiu montar uma mísera chapa de vereador do DEM em Natal.

O ocaso político era iminente até que o DEM e o PSL se juntaram para formar o União Brasil, uma legenda turbinada. Agripino conseguiu formar um grupo forte que hoje reúne dois deputados federais e dois estadual, além de um punhado de prefeitos, entre eles o de Mossoró, Allyson Bezerra, que ele exibe em Brasília como um troféu.

Após quase duas décadas de confrontos diretos com o PT, Agripino, que flertou com o bolsonarismo no segundo turno das eleições do ano passado, revivendo o passado de convivência com o autoritarismo.

Com a derrota de Jair Bolsonaro (PL) e com parte do União Brasil dentro do Governo Lula, Agripino tenta ganhar fôlego circulando por Brasília tentando ganhar prestígio na gestão daqueles que lutou tanto para destruir num passado recente, sendo que ele quem acabou caindo no ostracismo.

Robson Pires



Nenhum comentário: