Como a lei diz que o governo 
federal só pode oferecer o Financiamento Estudantil (Fies) a escolas bem
 avaliadas, MEC prepara instrumento para analisar ensino técnico 
privado. Seria uma avaliação in loco e não uma prova, como ocorre com 
Enem e Enade
O governo federal quer conceder 
financiamento aos trabalhadores que pretendem voltar a estudar. Uma das 
ações do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (Pronatec), 
recém-anunciado pela presidente Dilma Rousseff, será instituir o 
Financiamento Estudantil (Fies) específico para quem terminou o ensino 
médio, mas quer fazer curso técnico.
O novo Fies trará um efeito 
colateral positivo: como por lei o governo só pode financiar 
mensalidades de escolas com boa avaliação, o Ministério da Educação 
(MEC) prepara, pela primeira vez, um instrumento de avaliação do ensino 
técnico privado.
O financiamento tem como alvo 
pessoas que já terminaram os estudos, mas querem fazer uma qualificação 
técnica. A legislação atual permite o ensino técnico subsequente - ou 
seja, realizado após o ensino médio - desde que o curso tenha pelo menos
 160 horas de duração.
Atualmente, a maior parte das 
vagas em escolas técnicas do País é pública, seja estadual ou federal. 
Ainda assim, existem 2.537 instituições privadas que oferecem 47% das 
matrículas existentes, o equivalente a 544,6 mil vagas.
O acesso às escolas públicas 
costuma ser quase tão disputado quanto uma vaga em uma universidade 
federal. Além disso, a maior parte delas é integrada ao ensino médio. A 
intenção do ministério, com o novo Fies, é permitir que os trabalhadores
 que estão no mercado consigam uma qualificação profissional de razoável
 qualidade, mesmo que o governo pague por isso.
Os juros do novo Fies - tanto 
para o ensino superior como para o técnico - baixaram. São, desde o 
início de 2011, de 3,4% ao ano. Esse era o índice para os cursos de 
licenciatura, enquanto para os demais os juros alcançavam 6% ao ano. O 
governo também extinguiu a necessidade de fiador para quem ganha até 1,5
 salário mínimo, o que transforma o Fies quase em uma bolsa paga pelo 
governo.
A questão que não está 
totalmente resolvida é a da qualidade. A lei do Fies exige que apenas 
escolas com boa estrutura e bons resultados possam fazer parte do Fies. 
No ensino superior, usa-se o Exame Nacional de Desempenho do Estudante 
(Enade). No ensino técnico, a avaliação está sendo criada.
"Por serem escolas de nível 
médio, elas são ligadas aos conselhos estaduais de educação. Não 
tínhamos poder sobre essas instituições privadas", diz o secretário de 
Ensino Técnico do MEC, Eliezer Pacheco. "Agora, acredito que a maior 
parte delas vai querer participar do Fies, o que nos abre a porta para a
 avaliação."
O secretário explica que a 
intenção não é fazer uma prova, como o Enade ou o Enem, mas um 
instrumento de avaliação com visitas in loco - o que já é feito no 
ensino superior, como parte da avaliação. "Estamos finalizando um 
instrumento de avaliação e veremos se a escola tem oficinas, 
bibliotecas, qual a formação dos professores. São quesitos como esses 
que usaremos para avaliar a instituição", disse ao Estado. É um processo
 demorado. Com isso, pode-se prever que, ao menos no início, o Fies vai 
funcionar com poucas vagas.
O
 prefeito Francisco Medeiros (PT) tem evitado falar de política agora, 
alegando ser um desserviço à população de Parelhas, já que faltam mais 
de um ano para a sua sucessão... Ao Blog, ele informou em contato 
telefônico que suas atenções estão voltadas para as obras e recursos que
 vem conseguindo. "Parelhas tem problemas mais importantes para 
serem discutidos agora. Precisamos lutar para trazer mais recursos e 
obras melhorando a vida do povo. A sucessão ainda é no próximo ano. 
Agora vamos trabalhar", disse. 





